sábado, 24 de julho de 2010

O Inicio de Toda a História

Fui mãe aos 23 anos. Para mim, a maternidade foi tudo que esperava e muito mais. Jovem, com a ajuda de miha mãe, comecei a grande empreitada de criar um filho só, (sem marido). Não foi fácil. Minha mãe era o pai do bebê. Mas, com disposição e coragem, um ano após o nascimento, comecei a trabalhar, já que minha mãe não permitiu que eu trabalhasse antes disso, para amamentar o bebê. Fizemos a famosa festa de 01 ano, com tudo que tem direito. rsrsrs. E minha o bebê foi crescendo e se transformou em uma moça que hoje, como o título bem diz, chamo de borboleta, porque voou. Sim, voou para bem longe de casa.

No inicio, quando a idéia surgiu, era fraca, sem muita noção do que íamos fazer para realizar tão grande evento, já que somos de familia humilde e não dispomos de recursos financeiros.

Mas, como tudo na vida tem solução, se não temos preguiça, tudo é possível se conseguir com saúde. Minha filha estava desempregada, e o que encontrava mal dava para pagar as contas, imaginem juntar algum dinheiro para viajar.

Tive então a idéia de fazer salgados e perguntei se ela queria vender, em uma barraca na porta de casa. Ela, (que não é preguiçosa e nunca foi), prontamente aceitou e começamos assim, uma longa jornada para conseguir a maior parte do dinheiro necessario para a viagem.

Eu chegava do trabalho e ia direto para cozinha, fazer os salgados, para que ela fritasse na hora e vendesse na barraca. A clientela foi crescendo, crescendo, que às vezes eu tinha que ir ajudar no atendimento na barraca.

Cada centavo que vendiámos, tirávamos o das compras, para repor mercadoria e guardávamos o restante, mesmo que fossem somente centavos. Porque na hora de fazer as compras, o dinheiro do que você vendeu vai quase todo para rua novamente.

Mas não desistimos. Ela, antes gastadeira, sempre comprando roupa nova, sapatos, bolsas, etc..., se permitia somente a compra do necessário que uma pessoa necessita para se manter com uma boa higiene, bem cuidada, mas sem gastos exagerados.

E fomos juntando, juntando. Procuramos várias agências de intercâmbio, mas cada uma assustava mais que a outra quando nos enviava o orçamento para passar um ano em Dublin, já que era o único país possível, mesmo que com muita dificuldade, dela conseguir ir e passar um ano lá.